Seja em nossos pratos, em nossos banheiros ou em nossas farmácias, a soja está em toda parte. Na alimentação humana, ela é usada no leite, no tofu e no shoyu, além de ser ingrediente em muitos produtos processados, como barras de proteína e substitutos veganos da carne. Já o óleo de soja é usado tanto na culinária quanto na indústria de cosméticos para a fabricação de cremes hidratantes e produtos para o cabelo. Até mesmo o setor farmacêutico explora suas virtudes: as isoflavonas da soja estão na composição de certos suplementos alimentares, por seus efeitos benéficos sobre a saúde hormonal.
No entanto, embora a soja faça parte do nosso cotidiano, ela é destinada principalmente à alimentação animal. Quase 80% da produção global desse grão é usada para rebanhos, principalmente aves, suínos e bovinos, o que significa que ela também está indiretamente escondida na carne, nos ovos e nos laticínios que consumimos.

ONGs e cientistas alertam sobre a devastação causada pelo cultivo intensivo de soja, principalmente na América Latina. A produção desse grão contribui para o desmatamento e a destruição de ecossistemas naturais únicos, como o Cerrado e a Amazônia. Algumas regiões consideradas reservatórios de biodiversidade estão sendo destruídas para dar lugar a culturas como a soja. O desmatamento libera quantidades significativas de carbono armazenado nas árvores e no solo, contribuindo assim para as mudanças climáticas. A expansão do cultivo da soja também pode levar à apropriação de terras, causando tensões e deslocamento de populações.
Face à ces enjeux, les acteurs du marché français ont pris des mesures concrètes. Depuis 2021, le Manifeste Soja réunit entreprises, ONGs et pouvoirs publics engagés pour un approvisionnement responsable. Pour garantir un soja sans déforestation ni conversion d'écosystèmes naturels, Earthworm Foundation a mis au point la méthodologie ZDC (Zéro Déforestation ni Conversion). Cette approche garantit que le soja n'a pas de lien avec la déforestation ou la conversion d'écosystèmes, qu’elles soient légales ou illégales, après le 1ᵉʳ janvier 2020.
En 2024, un partenariat entre Earthworm Foundation, Coopérative U, E. Leclerc et le Groupement Mousquetaires a permis d'aller plus loin dans la mobilisation de la filière. Le partenariat vise à analyser un cargo de 60 000 tonnes de tourteau de soja provenant de quatre États du sud du Brésil (Mato Grosso, Mato Grosso Do Sul, Paraná et Rio Grande Do Sul), connus pour leur production de soja et la présence d'écosystèmes fragiles comme le Cerrado. Le partenariat vise aussi à préparer la mise en œuvre du Règlement Européen sur la déforestation (RDUE).


Pela primeira vez, a análise envolveu vários operadores portuários. Essa colaboração preparou o caminho para a implementação do EUDR por meio do lançamento de um grupo de trabalho com os operadores, para discutir o gerenciamento do risco de desmatamento e conversão ao nível portuário. Também melhorou a compreensão das cadeias de suprimentos do Brasil.
A Earthworm Foundation enfatiza a importância dessa iniciativa: “A metodologia ZDC permite verificar se a soja não envolve risco de desmatamento antes de ser exportada para a Europa. Ela também possibilita a criação de um vínculo entre os setores superior — comerciantes e operadores brasileiros — e inferior — distribuidores e indústrias — do processo, tornando toda a cadeia de suprimentos mais responsável e maximizando o impacto de longo prazo”.
O Grupo Mousquetaires reitera o compromisso de sua marca: “Como principal causa do desmatamento importado, a soja é uma de nossas prioridades. Assinamos o manifesto da soja responsável e, desde 2020, contribuímos com ações de conscientização, transformação e monitoramento, em coordenação com a Earthworm”.
O grupo E. Leclerc declara: “E. Leclerc está comprometido com o fornecimento responsável de soja e apoia ativamente iniciativas conjuntas, como esse projeto-piloto que transforma as cadeias de valor. Por meio desse trabalho rico em aprendizado, estamos trabalhando para obter mais transparência na cadeia de suprimentos e um fornecimento livre de desmatamento”.
Por fim, a Coopérative U afirma: “A soja é uma das principais causas do desmatamento. Na Coopérative U, temos o compromisso de reverter essa tendência. Com a Earthworm, estamos agindo localmente para tornar as cadeias de suprimentos mais responsáveis e testar a rastreabilidade da soja do campo ao navio. Nossos objetivos são: provar que um fornecimento 'ZDC' é possível e aumentar a conscientização em todo o setor.”


Com o Regulamento da União Europeia sobre Desmatamento (EUDR) prestes a entrar em vigor, essas iniciativas estão abrindo caminho para mais transparência e gerenciamento de riscos no setor de soja no Brasil.
Junte-se a nós nessa iniciativa por um futuro sem desmatamento!