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A Food and Agriculture Organization (FAO) das Nações Unidas prevê que a produção global de frutos do mar atingirá 202 milhões de toneladas em 2030, graças principalmente ao crescimento sustentado do setor da aquacultura, que deverá alcançar 106 milhões de toneladas nesse mesmo ano, ultrapassando as pescas.
Por sua vez, a produção do setor das pescas tem-se mantido estável nos últimos 20 anos, rondando as 90 milhões de toneladas. Prevê-se um aumento de 6% em relação a 2020, chegando a 96 milhões de toneladas em 2030, devido a uma melhor gestão dos recursos, aproveitamento de recursos subexplorados, redução de descartes, desperdícios e perdas.
A exploração dos oceanos tem levado à diminuição dos stocks de peixe.
De acordo com a FAO, em 2022, mais de 90% dos stocks marinho estavam sobre-explorados ou no limite máximo de sustentabilidade. Esta situação ameaça o equilíbrio de todo o ecossistema marinho e a segurança alimentar dos países costeiros em desenvolvimento.
Embora a aquacultura seja vista como uma solução para reduzir a pressão sobre os recursos marinhos naturais, também apresenta os seus desafios.
A aquacultura requer a produção de rações ricas em ingredientes marinhos, como farinha e óleo de peixe provenientes da pesca. As rações atuais também contêm soja na sua composição, cuja produção pode estar associada ao desmatamento e à conversão de ecossistemas. A instalação dos sistemas de produção e os próprios processos de cultivo também podem estar relacionados com a destruição e poluição de habitats naturais, assim como com questões sociais, como o trabalho forçado.
Acreditamos que os oceanos podem ser explorados de forma regenerativa:
O nosso trabalho a nivel dos oceanos começou inicialmente por apoiar retalhistas franceses em diferentes aspectos das suas cadeias de abastecimento de produtos do mar. É por isso que o nosso foco recai especialmente nas espécies com maiores volumes de vendas, como atum, camarão e salmão. Earthworm coordena, nomeadamente, três grupos de trabalho com objetivos e ações coletivas, compostos por retalhistas e principais intervenientes do setor, para melhorar a responsabilidade do setor (mais informações na secção de projetos).
Atualmente, trabalhamos com uma ampla gama de empresas da indústria do pescado, desde fabricantes de rações, proprietários de frota, aquacultores até retalhistas. Acompanhamos os nossos parceiros na adoção de políticas sustentáveis, na obtenção de peixe proveniente de stocks geridos de forma sustentável, na implementação das melhores práticas de aquacultura, no respeito pelos direitos humanos e na melhoria da transparência na cadeia de abastecimento.
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